IGREJA PENTECOSTAL DE JESUS CRISTO


Nossa sede nacional está localizada na Rua General Djalma da Rocha Lima, 70 - Boqueirão - Curitiba/PR. São 32 anos transmitindo vida através da Plavra de Deus.
Na década de 80, o pastor Ademar passou por uma luta no ministério em que congregava. Cerca de dez anos anteriores à abertura desta obra, sua esposa, irmã Grácia, recebeu uma revelação do Senhor de que Deus tinha uma obra de liderança na vida do seu esposo, num local distante e em rebanho diferente. O pastor resistiu, pois sempre foi leal aos seus líderes. Passados os anos, já em Curitiba, sentiu o cerco fechar e o expelir do Senhor. Retirou-se do ministério em que se converteu e cresceu como obreiro. Seu desejo era servir ao Senhor sem alarde. Porém, um grupo de irmãos o acompanhou e pedia para que se reunissem em oração nos lares. O grupo cresceu e a IGREJA PENTECOSTAL DE JESUS CRISTO foi aberta em julho de 1991. O ministério expandiu e hoje é um grande rebanho, com pastores e membros nascidos espiritualmente desta obra

Pastor Ademar Alves Lacerda (Jordânia, Minas Gerais, 29 de novembro de 1952)

Biografia: Gostaria de compartilhar um pouco da história da minha vida e de como o Senhor Jesus Cristo me chamou ao Evangelho.

Nasci numa cidadezinha que provavelmente você nunca tenha ouvido falar, nem sei se posso chamar de cidade, mas era um pequeno povoado situado no vale do Pedro Perdido, integrante do município de Jordania, no Estado de Minas Gerais.

Meus pais tiveram onze filhos, dos quais sou o sétimo. Minha mãezinha, Onília Borges Lacerda, que já descansa no Senhor, era filha de fazendeiro bem sucedido. Quando casou com meu pai, um homem de dura cerviz, ela ganhou do meu avô uma fazenda, onde fomos criados, cuidando dos animais, plantações e vivendo aquela vida simples do interior.

Certa feita, depois de um dia de trabalho no campo, quando ainda criança, sentei-me no quintal da casa e, ao observar o pasto verde, senti um chamado do Senhor, embora ainda não o conhecia. Era como se Ele dissesse ao meu coração que havia uma seara para ser ceifada num lugar distante dali.

Emocionado, guardei em meu coração aquela revelação. Perdi meu irmão Moacir ainda muito jovem, numa tragédia terrível que envolvia questões familiares. Esta morte me tocou profundamente. Meu sonho era estudar, mas infelizmente não tive oportunidade de prosseguir os estudos, pois fui tirado da escola ainda muito criança para ajudar na roça.

Infelizmente presenciei muitas cenas de violência do meu pai e, tentando proteger minha mãe de mais uma das agressões que ela passava, embora sempre disposta a servir a família, entrei em embate com meu pai, o enfrentei e, para não piorarem as condições familiares, mamãe me aconselhou que eu partisse.

Fui para Belo Horizonte quando ainda era um rapaz de 17 anos. Servi ao Exército Brasileiro e, após isso, vivi uma vida de pecado e miséria na capital de São Paulo. Passei fome. Dormi embaixo de marquise de lojas, alcoolizado. Passava em frente aos fornos que assavam frango e o estômago gritava, desejando me alimentar.

À noite, na única refeição diária, comia um X-mico, o famigerado pão com banana. Recordo-me de uma situação em que fui até o Viaduto do Chá e pensei: aqui vou tirar minha vida se nada se resolver para mim. Quanta solidão o homem entregue ao pecado enfrenta. Envolvi-me com o teatro, trabalhei com atores famosos da época.

Depois tive a oportunidade de trabalhar numa loja de departamento, na sessão masculina. Num triste dia descobri que minha mãe padecia de câncer. Resolvi convidá-la a uma igreja em que se dizia haver curas divinas. Pois bem, minha mãezinha foi curada pelo Senhor Jesus.

Aquele fato me impressionou bastante e foi o início da minha experiência com Deus. Fui convidado a uma vigília de oração, mas senti muito cansaço e não entendia o porquê daquela entrega espiritual daquele povo. Confesso que fui resistente à voz do Senhor por um tempo, até que Ele me enlaçou com cordas de amor.

Em pouco tempo depois de convertido ao Senhor, fui chamado para o trabalho integral em sua obra num ministério em que dediquei longos anos da minha vida pastoral. Trabalhei incansavelmente abrindo igrejas por todo o Brasil, inclusive nas regiões Norte e Nordeste.

Apascentei alguns rebanhos e contribuí para a expansão daquele ministério em todos os aspectos. Aos 26 anos de idade senti a necessidade de me casar. Pedi o conselho dos meus líderes e orei ao Senhor por uma esposa. No estado do Rio de Janeiro encontrei uma moça recatada, de testemunho muito bonito. Depois de a observar, resolvi conversar com seu pai, presbítero Alberto.

Comecei a conversar com a irmã Grácia, que se tornou minha amada esposa depois de apenas 70 dias de relacionamento. Sabíamos o que queríamos, confiamos no Senhor, noivamos e casamos em 30 de setembro de 1978. Tivemos cinco filhos, a Raquel, o Isaque, a Lóide, o Saulo e a Ruth. Eles nasceram durante meu exercício pastoral, em que, por vezes, minha esposa se via só para cuidar das crianças. Lembro-me de uma ocasião em que eu estava no Norte do país, enquanto minha família estava em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O Isaque adoeceu de tuberculose. Uma junta médica o desenganou e delimitou o fim de sua vida. Minha esposa, aos prantos, ligou para mim e relatou o ocorrido. Não era possível retornar, as condições de transporte eram precárias, e eu não tinha condições de abandonar o trabalho para estar com a família naquele difícil momento. O chamado do Senhor envolve renúncias pessoais profundas.

Chorando, lamentei o ocorrido e comuniquei a minha esposa que precisaria estar ausente e que, se ele falecesse, que os irmãos da congregação local a acolheria. Desliguei o telefone, dobrei meus joelhos e falei com o Senhor que, se ele operasse um milagre e devolvesse a vida ao meu filho, ao regressar eu ungiria criança por criança do hospital em que ele estava internado.

O Senhor Jesus, por sua infinita misericórdia, ouviu minhas súplicas e lhe devolveu a vida. Cumpri o que prometi. No final da década de 80, passei uma luta tremenda no ministério em que congregava. À contragosto, fui enviado mais uma vez à Curitiba, mas não sabia que já eram os planos do Senhor me conduzindo a um novo caminho, ao qual Ele estava prestes a abrir em minha vida.

Cerca de dez anos anterior a este tempo, minha esposa tinha recebido uma revelação do Senhor de que Deus tinha uma obra de liderança em minha vida, num local distante e em rebanho diferente daquele contexto em que vivíamos. Não aceitei aquela palavra, pois sempre fui leal aos meus líderes. Contudo, passados os anos, já aqui em Curitiba, senti o cerco fechar e o expelir do Senhor.

Em meio a acusações graves, baixei minha cabeça e retirei-me do ministério em que me converti e cresci como obreiro. Naquele momento meu desejo era me esconder num lugarzinho, servir ao Senhor em descrição, sem alarde. Contudo, um grupo de irmãos me acompanhou em minha saída e, insistentemente, pediam para nos reunirmos em oração nos lares. Procurei uma portinha para abrir um salão e congregar aquele grupo de irmãos que ia crescendo e já não se fazia viável manter as reuniões em lares.

O Senhor Jesus, pra minha surpresa, preparou um salão maior do que minha fé alcançava. Abrimos a Igreja Pentecostal de Jesus Cristo em julho de 1991 na praça do Carmo, depois de um mês de programação de rádio no ar, com o programa Despertai. O salão, embora espaçoso, estava lotado de irmãos. Ali se iniciava a maior obra que Deus me incumbira de realizar nesta terra. Em pouco tempo precisamos de um salão maior e adquirimos o imóvel em que hoje é nossa sede nacional, ao lado do terminal de ônibus Boqueirão.

A igreja expandiu e cresceu por todo o país. Hoje somos um grande rebanho, com muitos pastores e membros nascidos espiritualmente desta obra. Não somos perfeitos, mas tentamos entregar ao Senhor uma noiva pura, lavada e remida pelo sangue do Cordeiro de Deus. Espero que você, leitor, que se estendeu até aqui possa ter sentido um pouquinho do gostinho da chamada de um Deus que nos conhece desde o ventre, conforme afirmou o rei Davi: “Tu formaste o íntimo do meu ser e entreteceste-me no ventre de minha mãe” (Sl. 139.13).

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IPJC-Sede – Curitiba/PR